A Nina Lemos tem publicado no 02Neurônio uma série de definições sobre gente muito, mas muito chata!
Pequeno Glossário das Pessoas Insuportáveis, por Nina Lemos
O alegre demais
Pessoa sempre feliz e animada. Esse tipo de gente acha que é G.O do mundo, que na verdade é um clube med. Eles interagem demais com as pessoas, muitas vezes para falar: “se anima!”. Pior é quando ele/ela encosta em você e tenta te fazer dançar no seu dia de mais mau humor. Definitivamente, não dá para ser alegre o tempo todo. E a vida não é uma aula de spinning.
O rei do bulling
O bulling não tem idade. Esse tipo de pessoa pode ter 20, 30, 40, 50 anos. Mas seu passatempo predileto é humilhar pessoas. Tipo inteligente, que faz sucesso em rodas fazendo piada sobre os outros, que são sempre uns seres ridículos. Claro, quando você não está perto, a piada é sobre você. Por isso, não ria das piadas dessa pessoa. Isso não é piada. É maldade. Pessoa diagnosticada como perversa.
O preciso te dar um toque
Tipo de gente mais encontrada no gênero feminino. Ele/ela sempre tem um conselho amigo para te dar. “Você precisa cortar o cabelo”. “Você precisa trocar de namorado”. “Você precisa arrumar um namorado”. Você precisa. Precisa nada. Precisa é trocar de amigo. Afinal, você perguntou alguma coisa?
O todo mundo é afim de mim
Também mais comum entre as mulheres. Também conhecidas como histéricos. Pessoas que seduzem a humanidade e depois falam coisas do tipo: “que loucura o fulano (fulana) querer ficar comigo”. Companhia perigosa para dias em que você não está se achando lá essas coisas.
A “e eu”?
A pessoa está lá, contando a história triste de sua tia com leucemia. E o narcisista louco responde. “E eu, que tive uma conjuntivite semana passada horrível etc”. Ela sempre passou por coisas piores. Teve uma infância difícil e se lamenta disso até hoje, com 45 anos. Também conhecido como narcisista crônico. E, escuta, existe infância que não é difícil?
A dropping names
Amiga íntima de intelectuais, artistas e qualquer pessoa que tenha um sobrenome. Cormo se todas não tivessem! Costuma se referir aos seus “amigos” famosos pelo primeiro nome. Ex. Fui ao show da marisa (que é a monte)”. “Conversei sobre isso com a Fernanda (a montenegro). Claro, na real ela não é íntima de nenhurma dessas pessoas. E o pior não é isso! Ela te ofende cada vez que fala um nome desses, pois deixa claro que a sua companhia não vale tanto. Tarmbém conhecida como pessoa perdida e coitada.
A “eu conheço tudo”
Entidade competitiva. Ela volta de uma viagem para algum lugar que você arma e resolve fazer uma competição sobre quer é mais descolado na cidade. “Cormo, você não foi ao bar hipster?” Ela conhece tudo antes. Se você conheceu um lugar novo na cidade, esqueça, ela já foi a esse lugar 15 vezes. Algumas pessoas são ao mesmo tempo “conheço tudo” e “dropping narmes”, cuidado.
E a lista (ainda) continua.
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A foto é do Fleur Lux
6 Comentários Deixe seu Comentário
Rafael Campos • 18.07.2010 @ 18:47 responder
Todo mundo tem um amigo que, mesmo que pouco, carrega alguma dessas características. Ruim mesmo é quando ela fica maior que a amizade. Aí, eu mesmo me categorizo: sou “O que abandona”.
Felipe • 18.07.2010 @ 20:27 responder
Eu vi uma entrevista da Nina* falando que o “Pequeno Glossário das Pessoas Insuportáveis” foi meio que inspirado no Xico* e suas várias definições de tipos de macho. O engraçado é que, de fato, todo mundo conhece gente assim, né?
*fiz o Dropping Names! hahaha
francini bastos • 18.07.2010 @ 23:12 responder
ahhhh essas pessoas egocentricas estao por todos os lados … perigoso!!
T. L. Mota • 19.07.2010 @ 09:47 responder
Bom texto; boa análise psicológica das pessoas. Gostei.
O pior é que, provavelmente, todos que aqui vierem e lerem suas descrições acharão tudo muito divertido e perspicaz, e tal, mas jamais serão capazes de se reconhecerem apropriadamente como um desses chatos em potencial. Típico do ser humano. Conhecemos tudo que há de mal por aí, mas é só conhecimento: nunca realmente fazemos parte dessas coisas ruins…
Eu, de minha parte, não estou completamente seguro de que nunca estive/estou/estarei presente em quaisquer destas descrições. Uma categoria a que tenho certeza que já pertenci e que, no mínimo, hoje em dia me esforço pra não mais estar filiado, é a do ‘Rei do bullying”. Sim, pois é, triste passado.
Releve os lamentos existenciais. Novamente, gostei do texto. Abraços.
Felipe • 19.07.2010 @ 13:17 responder
Ah, tem também aquela pessoa que escreve blogs e sites, tentando classificar e rotular as pessoas de uma maneira superficial, como se ela tivesse um doutorado em Psicologia Social e fosse algum tipo de santo acima do bem e do mal. Gente insuportável mesmo.
luiza • 19.07.2010 @ 14:59 responder
esqueceu do tipo que fica analisando os outros o tempo todo e enquandrando as pessoas em categorias patologicas de chatice. chato é esse mundo onde todo mundo busca psicologo pra ser “normal” e “legal”. acho que todas as categorias citadas se encaixam numa variação de egomania…vivendo num mundo que empura o indivíduo pra isso, fica difícil encontrar pessoas que não se encaixem em alguma categoria…